quarta-feira, 1 de setembro de 2010

SERÁ QUE VALE A PENA?

Hoje, Israelitas e Palestinianos voltam á mesa de negociação. Mais uma vez esta nova ronda negocial está a ser apadrinhada pelos E.U.A, que como sabem é o país mais interessado que tudo se resolva pela via diplomática. Haverá vários motivos, mas o mais importante será a sua própria segurança interna. Pois, nessa zona do planeta joga-se muito do futuro, posso dizer da humanidade. Este conflito pode despoletar a qualquer momento uma guerra regional entre vários países que são inimigos de sempre de Israel. Entre eles está o Irão.
Ao lado dos Estados Unidos, estão a União Europeia, Rússia, e a ONU, nesta que todos pensão que vai ser uma cimeira histórica. Para já, e á primeira vista esta é uma vitoria para o presidente Americano Barack Obama. Pois, consegui convencer os dois líderes políticos, Benjamim Netanyahu, primeiro-ministro Israelita, e Mahmoud Abbas presidente da Autoridade Nacional Palestiniana, a voltar ao diálogo directo. Lembre-se, já lá vão nove meses que não havia qualquer contacto entre as partes.
Contudo, esta negociação só chegará a bom porto se houver varias cedências de ambas as partes. E algumas delas são as mesmas que noutros tempos inviabilizaram um possível acordo.
Se não vejamos: estará Israel disposto a por fim á ocupação territorial e militar da Cisjordânia, e acabar com os mais de 100 colonatos ai existentes, que compreendem uma população de mais de 320 mil pessoas? Estará Israel disposto a negociar a capital, Jerusalém, pois os dois estados reclamam como capital esta cidade. Ou vai dividir-se a cidade entre Jerusalém Oriental, como capital Palestiniana e Jerusalém Ocidental Israelita? E com isso, transformar a cidade num novo paralelo 38 fazendo lembrar a Coreia.
Estas serão as principais matérias onde Netanyahu vai ter mais dores de cabeça.
E os Palestinianos, que observação vão fazer desta nova tentativa de resolução dum problema que que se arrasta de geração em geração. Como é óbvio, Abbas vai ter que fazer muitas cedências num possível acordo. Aceitaram os Palestinianos um estado desmilitarizado, isto na prática, quer dizer que ficam sempre debaixo do jugo Israelita.
E o Hamas, considerado um grupo terrorista tanto por Israel como pelos Estados Unidos, como sabem, controla toda a facha de Gaza, uma parte considerável do território Palestiniano onde vivem mais de um milhão de pessoas. E para agravar a situação, está todo o ódio a Abbas e seus pares, o Hamas considera a governação Palestiniana como subserviente ao ocidente.
Sem o Hamas esta negociação não terá muito futuro, pois este grupo é outro dos pontos fortes deste jogo. Neste momento é a única resistência armada contra Israel gozando de grande apoio popular, não só em Gaza como na Cisjordânia.
Estes por certo não serão os únicos problemas que estão em cima da mesa, mas façamos votos para que tudo cora como alguns planearam. Difícil é, mas não podemos dizer que seja impossível, tanto mais que algum dia este conflito tem de ter um fim. Pois ambos os povos, Palestinianos e Israelitas não podem viver sempre com o medo do dia de amanha.

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